Porque deve minimizar o tempo de ecrã dos seus adolescentes

Hoje em dia, vivemos numa era dominada pela tecnologia. Os vários ecrãs que nos rodeiam, sejam eles smartphones, tablets, computadores ou televisões, tornaram-se parte integrante das nossas vidas, especialmente para os mais jovens. Os adolescentes, em particular, passam uma parte significativa do seu tempo conectados. Com vários propósitos, estudar, socializar ou simplesmente para se entreterem, mas será que esse tempo de ecrã é saudável?

A verdade é que, cada vez mais, tenho que relembrar aos meus pacientes que o uso excessivo de dispositivos eletrónicos pode ter consequências importantes na saúde física e mental dos adolescentes, e dos adultos também.

Monitorizar o tempo de ecrã e promover momentos de desconexão pode ser essencial para garantir um desenvolvimento saudável e equilibrado.

No caso dos adolescentes, o tempo excessivo passado em frente a ecrãs pode afetar várias esferas das duas vidas, desde o sono até à saúde emocional e física. Os efeitos mais comuns incluem:

• Problemas de sono: a exposição à luz azul dos ecrãs inibe a produção de melatonina, a hormona responsável pelo sono. Quando um adolescente passa demasiado tempo ao telemóvel ou ao computador antes de dormir, é provável que tenha dificuldade em adormecer ou que acorde cansado.
• Dificuldades de concentração: a constante estimulação digital pode afetar a capacidade de concentração e reduzir o desempenho escolar. O cérebro fica habituado à gratificação rápida proporcionada pelos dispositivos, tornando mais difícil manter o foco em tarefas prolongadas.
• Impacto na saúde mental: o uso excessivo das redes sociais está associado a um aumento dos níveis de ansiedade, depressão e baixa autoestima. A comparação constante com os outros, o medo de estar a perder algo e o cyberbullying podem afetar profundamente o equilíbrio emocional dos adolescentes.
• Problemas posturais e de visão: passar horas em frente a um ecrã pode provocar dores no pescoço, tensão nos ombros e fadiga ocular. O tempo prolongado sem pausas leva também ao chamado “olho seco digital”, uma condição que causa irritação e desconforto nos olhos.

O uso dos dispositivos eletrónicos não é, por si só, prejudicial, o problema está no excesso e na falta de equilíbrio. É importante que os adolescentes aprendam a gerir o tempo de ecrã de forma consciente, para que os efeitos negativos sejam minimizados.

1. Definir limites de tempo – estabelecer horários para o uso dos dispositivos, especialmente antes de dormir, ajuda a criar uma rotina mais saudável e a melhorar a qualidade do sono.
2. Promover pausas regulares – incentivar os adolescentes a fazerem pausas frequentes durante o uso de dispositivos evita a fadiga ocular e ajuda a reduzir o stress físico e mental.
3. Incentivar atividades offline – estimular o contacto social, o desporto e o tempo ao ar livre é essencial para o equilíbrio físico e mental.
4. Evitar o uso de dispositivos durante as refeições e antes de dormir – estes momentos devem ser reservados para promover a interação familiar e o descanso adequado.
5. Falar sobre o impacto das redes sociais – é importante que os adolescentes compreendam como as redes sociais influenciam a sua autoestima e bem-estar emocional.

Desligar dos ecrãs, especialmente à noite, é essencial para garantir um sono reparador. A luz azul emitida pelos dispositivos interfere nos ritmos naturais do corpo, dificultando o adormecer e afetando a qualidade do sono. Estabelecer uma rotina sem ecrãs pelo menos 30 minutos antes de dormir pode fazer uma enorme diferença na energia e no humor diário dos adolescentes.

Se o seu adolescente tem dificuldades em gerir o stress, o sono ou os níveis de ansiedade, a Acupuntura Médica pode ser uma ferramenta eficaz para restaurar o equilíbrio do corpo e da mente. A acupuntura ajuda a regular o sistema nervoso, promovendo um estado de relaxamento e melhorando a qualidade do sono e o bem-estar geral. Se precisa de saber mais antes de marcar consulta faça uma questão através do meu Instagram ou Formulário de Contacto.