Hábitos que nos fazem envelhecer mais rápido e como evitá-los com Medicina do Estilo de Vida
Envelhecer faz parte da vida. No entanto, o modo como se vive pode acelerar ou abrandar esse processo. Muitas vezes, sem nos darmos conta, adotamos rotinas que silenciosamente contribuem para um envelhecimento precoce, tanto a nível físico como mental.
Contudo, a Medicina do Estilo de Vida oferece estratégias eficazes e sustentadas na evidência científica para ajudar a prevenir este envelhecimento acelerado.
Dormir pouco – um dos maiores inimigos da longevidade
A privação de sono é um hábito comum, do qual muitos pacientes se queixam. Dormir menos de 7 horas por noite, de forma crónica, está associado ao aumento do stress oxidativo, inflamação crónica e maior risco de doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.
Além disso, o sono é essencial para a reparação celular e regulação hormonal.
O que a Medicina do Estilo de Vida recomenda: priorizar a higiene do sono: manter horários regulares, evitar ecrãs antes de dormir, reduzir o consumo de cafeína ao final do dia e criar um ambiente calmo no quarto.
Sedentarismo – muito prejudicial
Passar horas sentado ou ter uma rotina com pouca atividade física acelera o envelhecimento celular. Estudos mostram que pessoas sedentárias têm telómeros (as “capas” protetoras dos cromossomas) mais curtos, o que está associado ao envelhecimento precoce.
Se integrar atividade física regular no dia a dia como caminhar 30 minutos por dia, usar as escadas ou praticar uma modalidade que goste, pode aumentar significativamente o seu bem-estar. Por vezes em consulta dizem-me que não têm tempo para ir ao ginásio mas na realidade o importante é movimentar-se com frequência, fazendo o exercício que consegue.
Alimentação desequilibrada
O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, açúcar refinado e gorduras trans promove inflamação sistémica, um dos principais motores do envelhecimento precoce. Por outro lado, dietas ricas em vegetais, leguminosas, frutas, oleaginosas e gorduras saudáveis (como o azeite virgem) têm um efeito protetor.
A Medicina do Estilo de Vida aconselha adotar um padrão alimentar de base vegetal, semelhante à Dieta Mediterrânica, rica em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios naturais. E claro, comer de forma consciente e com prazer.
Stress crónico – cada vez mais preocupante
O stress, quando prolongado, aumenta os níveis de cortisol, acelera o envelhecimento da pele, prejudica o sistema imunitário e está ligado ao aparecimento precoce de várias doenças crónicas.
Se tem este problema experimente técnicas de gestão do stress como mindfulness, meditação, acupuntura médica, contacto com a natureza e até mesmo priorizar momentos regulares de lazer, que são fundamentais.
A Acupuntura Médica, em particular, tem demonstrado eficácia na regulação do sistema nervoso autónomo e na redução da ansiedade.
Fumar e consumir álcool em excesso
Ambos os hábitos estão fortemente ligados ao envelhecimento prematuro, tanto externo (como o envelhecimento da pele) como interno, afetando órgãos vitais. Além disso, reduzem significativamente a esperança de vida saudável.
Recomenda-se a cessação tabágica acompanhada por um profissional de saúde e consumo de álcool com moderação, ou preferencialmente abstinência, especialmente se já existirem fatores de risco.
A importância da abordagem integrativa
A Medicina do Estilo de Vida baseia-se em seis pilares fundamentais: alimentação saudável, atividade física regular, sono restaurador, gestão do stress, relações interpessoais saudáveis e cessação de substâncias nocivas.
Estes pilares, quando bem integrados, não só atrasam o envelhecimento como melhoram substancialmente a nossa qualidade de vida.
Mais do que tratar doenças, esta abordagem promove saúde ativa e duradoura.

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